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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Falsa biomédica nega uso de silicone industrial no bumbum de pacientes

Raquel Policena afirmou à polícia que produto aplicado era hidrogel.
Presa em Goiânia, ela prestou novo depoimento nesta segunda-feira.
nvestigada pela morte de uma cliente, a falsa biomédica Raquel Policena Rosa, 27 anos, negou ter usado silicone industrial e afirmou à polícia que aplicou hidrogel nos procedimentos para aumento de bumbum. Presa no 14º Distrito Policial, em Goiânia, ela prestou novo depoimento na manhã desta segunda-feira (17).  "Ela insiste que é o Aqualift [marca de hidrogel] e que teria comprado no meio da rua, em São Paulo", disse a delegada Myrian Vidal, responsável pelo caso.
Baseada em especialistas, a delegada disse acreditar que Raquel usava silicone industrial, de acordo com depoimentos das clientes. "Temos relatos de que ela usava o hidrogel em tubos de 1 litro. No entanto, a marca que ela prometia, que era o Aqualift, é comercializado apenas com medidas de 1 ml a 100 ml", destacou. O laudo que irá comprovar o material aplicado ainda não foi divulgado.A empresa Rejuvene Medical, importadora e revendedora oficial do Aqualift no país, informou ao que a licença do produto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expirou em março e que, enquanto a renovação está em andamento, o produto não é vendido. "É um processo longo, mas nesse período o Aqualift não está sendo comercializado. De qualquer forma, o produto só é vendido para médicos, com apresentação de registro e uma série de documentos. Nunca nas ruas", disse a gerente da empresa, Marcela Gouveia.Em uma nota divulgada no Facebook, a Rejuvene Medical ressalta que a comercialização só é feita para profissionais da área médica. "A empresa nunca comercializou o Aqualift Corporal para biomédicos ou qualquer outro profissional não médico, visto que o produto só pode ser vendido com a apresentação específica de toda documentação comprobatória".Clientes

De acordo com a delegada Myrian Vidal, Raquel mudou a versão do primeiro depoimento, quando disse ter feito aplicações em quatro clientes, e agora diz que fez o procedimento em dez pessoas. Mesmo assim, a polícia ainda acredita que esse número é maior. “Ainda não temos o número exato porque não temos a totalidade das vitimas ouvidas", destacou a delegada.
                                 Fotos mostram cliente durante aplicações atribuídas à falsa biomédicaAinda segundo Myrian, a falsa biomédica voltou a negar a participação do namorado, Fábio Justiniano Ribeiro, 33, no procedimento realizado na ajudante de leilão Maria José Brandão, 39, que morreu no último dia 25, e disse não acreditar que a aplicação foi a causa da morte. "Ela acredita em uma má fé de todas essas clientes que teriam procurado a polícia e não comprovam que estão se sentindo mal", relatou.O advogado da falsa biomédica, Ricardo Naves, afirma que sua cliente se arrepende dos procedimentos. “Ela não foge da responsabilidade, assume que aplicou o produto, a questão é da consciência do risco, da nocividade e letalidade", destacou. Segundo ele, já foi feito um pedido de habeas corpus e da revogação da prisão preventiva à Justiça.PrisãoRaquel foi presa na noite de quinta-feira (13), em Catalão, onde mora. Depois de passar por exame de corpo delito no IML da cidade, ela foi encaminhada para Goiânia e permanece em uma cela do 14º Distrito Policial. A delegada explicou que pediu a prisão preventiva dela "para manter a ordem pública".“Ouvimos relatos de clientes que disseram que a Raquel prometeu que faria os retoques necessários assim que a 'poeira baixasse'. Por isso, como forma de proteger a sociedade, pedimos a prisão", disse.A delegada explicou que, até o momento, quatro pessoas deverão ser indiciadas no inquérito. Além de Raquel, Fábio também deverá responder por exercício ilegal da profissão, homicídio doloso (com intenção), pela morte de Maria José, venda e uso de produto irregular e sem procedência e lesão corporal. "Não temos dúvidas da atuação do Fábio no caso da Maria José. Mas existem fotos que comprovam que ele estava presente durante outros procedimentos. Por isso, ele também será responsabilizado", afirma Myrian.Além dos dois, também serão indiciadas a fisioterapeuta Joyce Flausino, que sublocava uma sala em uma clinica no Setor Marista para Raquel, e Thais Maia, que se apresentava como médica."No caso delas só não entra o homicídio, mas responderão também pelos outros três crimes. A Joyce sabia de todo o procedimento e indicava para as clientes. Já a Thais, que dizia ser médica, atuava há mais de 10 anos em Goiânia, no Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ela começou o trabalho com a Raquel, mas depois de um desentendimento elas passaram a atuar de forma independente".17/11/2014 12h11 - Atualizado em 17/11/2014 20h04

Falsa biomédica nega uso de silicone industrial no bumbum de pacientes

Raquel Policena afirmou à polícia que produto aplicado era hidrogel.
Presa em Goiânia, ela prestou novo depoimento nesta segunda-feira.

Luísa Gomes e Fernanda BorgesDo G1 GO
Falsa biomédica Raquel Policena presta depoimento sobre aplicações para aumentar bumbum em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Falsa biomédica Raquel Policena é encaminhada
para depor (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Investigada pela morte de uma cliente, a falsa biomédica Raquel Policena Rosa, 27 anos, negou ter usado silicone industrial e afirmou à polícia que aplicou hidrogel nos procedimentos para aumento de bumbum. Presa no 14º Distrito Policial, em Goiânia, ela prestou novo depoimento na manhã desta segunda-feira (17).  "Ela insiste que é o Aqualift [marca de hidrogel] e que teria comprado no meio da rua, em São Paulo", disse a delegada Myrian Vidal, responsável pelo caso.

Baseada em especialistas, a delegada disse acreditar que Raquel usava silicone industrial, de acordo com depoimentos das clientes. "Temos relatos de que ela usava o hidrogel em tubos de 1 litro. No entanto, a marca que ela prometia, que era o Aqualift, é comercializado apenas com medidas de 1 ml a 100 ml", destacou. O laudo que irá comprovar o material aplicado ainda não foi divulgado.
A empresa Rejuvene Medical, importadora e revendedora oficial do Aqualift no país, informou ao G1 que a licença do produto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expirou em março e que, enquanto a renovação está em andamento, o produto não é vendido. "É um processo longo, mas nesse período o Aqualift não está sendo comercializado. De qualquer forma, o produto só é vendido para médicos, com apresentação de registro e uma série de documentos. Nunca nas ruas", disse a gerente da empresa, Marcela Gouveia.

Em uma nota divulgada no Facebook, a Rejuvene Medical ressalta que a comercialização só é feita para profissionais da área médica. "A empresa nunca comercializou o Aqualift Corporal para biomédicos ou qualquer outro profissional não médico, visto que o produto só pode ser vendido com a apresentação específica de toda documentação comprobatória".
Clientes
De acordo com a delegada Myrian Vidal, Raquel mudou a versão do primeiro depoimento, quando disse ter feito aplicações em quatro clientes, e agora diz que fez o procedimento em dez pessoas. Mesmo assim, a polícia ainda acredita que esse número é maior. “Ainda não temos o número exato porque não temos a totalidade das vitimas ouvidas", destacou a delegada.
Fotos mostram cliente durante aplicações atribuídas à falsa biomédica (Foto: Arquivo pessoal)Fotos mostram cliente durante aplicações atribuídas à falsa biomédica (Foto: Arquivo pessoal)
Ainda segundo Myrian, a falsa biomédica voltou a negar a participação do namorado, Fábio Justiniano Ribeiro, 33, no procedimento realizado na ajudante de leilão Maria José Brandão, 39, que morreu no último dia 25, e disse não acreditar que a aplicação foi a causa da morte. "Ela acredita em uma má fé de todas essas clientes que teriam procurado a polícia e não comprovam que estão se sentindo mal", relatou.
O advogado da falsa biomédica, Ricardo Naves, afirma que sua cliente se arrepende dos procedimentos. “Ela não foge da responsabilidade, assume que aplicou o produto, a questão é da consciência do risco, da nocividade e letalidade", destacou. Segundo ele, já foi feito um pedido de habeas corpus e da revogação da prisão preventiva à Justiça.
Prisão
Raquel foi presa na noite de quinta-feira (13), em Catalão, onde mora. Depois de passar por exame de corpo delito no IML da cidade, ela foi encaminhada para Goiânia e permanece em uma cela do 14º Distrito Policial. A delegada explicou que pediu a prisão preventiva dela "para manter a ordem pública".

“Ouvimos relatos de clientes que disseram que a Raquel prometeu que faria os retoques necessários assim que a 'poeira baixasse'. Por isso, como forma de proteger a sociedade, pedimos a prisão", disse.

A delegada explicou que, até o momento, quatro pessoas deverão ser indiciadas no inquérito. Além de Raquel, Fábio também deverá responder por exercício ilegal da profissão, homicídio doloso (com intenção), pela morte de Maria José, venda e uso de produto irregular e sem procedência e lesão corporal. "Não temos dúvidas da atuação do Fábio no caso da Maria José. Mas existem fotos que comprovam que ele estava presente durante outros procedimentos. Por isso, ele também será responsabilizado", afirma Myrian.
Maria José Medrado de Souza Brandão aplicação de hidrogel para aumentar o bumbum em GoIânia, Goiás (Foto: Aracylleny Santos/ Arquivo Pessoal)Maria José morreu após aplicação para aumentar o
bumbum (Foto: Aracylleny Santos/ Arquivo Pessoal)
Além dos dois, também serão indiciadas a fisioterapeuta Joyce Flausino, que sublocava uma sala em uma clinica no Setor Marista para Raquel, e Thais Maia, que se apresentava como médica.

"No caso delas só não entra o homicídio, mas responderão também pelos outros três crimes. A Joyce sabia de todo o procedimento e indicava para as clientes. Já a Thais, que dizia ser médica, atuava há mais de 10 anos em Goiânia, no Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ela começou o trabalho com a Raquel, mas depois de um desentendimento elas passaram a atuar de forma independente".
Thais, que mora no Rio de Janeiro, deveria ser ouvida na tarde desta segunda-feira no 17º DP, emGoiânia, mas ela não compareceu. O advogado dela, Denilson Pujani, afirmou na delegacia que sua cliente é esteticista e não médica, como disseram em depoimento algumas mulheres que fizeram o procedimento com ela. Ele adiantou que Thaís deverá se apresentar à polícia na próxima sexta-feira (21).Pujani alegou que ainda não conseguiu conversar detalhadamente com a esteticista sobre o caso. Ele adiantou que Thais fazia atendimento na casa das próprias clientes, mas não soube precisar que tipo de procedimento ela realizava. "Eu não tenho essa informação de forma correta. Isso [se ela fazia aplicações para aumentar o bumbum] vai ser esclarecido na sexta-feira”, explicou.O advogado informou que Thais conheceu Raquel em uma rede social. Ele disse que sua cliente esteve em Goiânia "no máximo duas vezes". Contudo, a delegada Myrian Vidal diz que tem indícios de que a atuação dela na cidade era frequente. "Temos várias testemunhas que nos relataram que a Thaís é quem fazia as aplicações", pontuou.Morte
Maria José morreu no dia 25 de outubro, um dia depois de fazer a segunda aplicação de hidrogel no bumbum, em uma clínica de Goiânia. Após se sentir mal, ela foi internada no Hospital Jardim América, em Goiânia, e morreu na madrugada seguinte, com suspeita de embolia pulmonar.Em áudios conseguidos com exclusividade pela TV Anhanguera, Maria relatou a Raquel que sentia dor no peito e falta de ar. É possível notar que a paciente estava ofegante e fraca, mas a responsável pela aplicação descartou riscos e orientou a vítima a comer "uma coisinha salgada". Momentos depois, Maria José encaminhou uma mensagem escrita dizendo: "Tenho medo de AVC [Acidente Vascular Cerebral]. Minha mãe morreu cedo disso".Nesse momento, Raquel deu uma risada e descartou a possibilidade de paciente sofrer do problema. "AVC não dá falta de ar não. AVC é no cérebro, não dá falta de ar. Pode ficar tranquila. Você fuma? Alguma coisa assim? Você costuma praticar atividade física? Pode ficar tranquila que tem a ver com a tensão, não tem nada", disse. fonteg1/goias



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